segunda-feira, 14 de novembro de 2011

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra

Um Poema Para Sandra e Pedro

Gabriel O Pensador

discriminacao 155x155 Diga não ao preconceito e a discriminação!
Preto.
Branco.
Branco.
Preto.
Preto no branco;
Branco no preto.
Beijo.
Abraço.
Abraço.
Beijo.
Beijo e abraço;
Abraço e beijo;
Beijo e abraço e beijo.
E o verde da esperança?
E o azul da cor do céu?
Ou o azul da cor do mar?
Porque o céu pode mudar.
Fica azul quando ta sol;
Fica cinza quando chove;
Ou fica branco, bem branquinho parecendo de algodão;
Também fica meio roxo ou laranja ou lilás;
Quando o sol ta indo embora e ta querendo ficar mais;
Quando o sol ta indo embora e ta querendo ficar mais avermelhado parecendo um coração.
É o sol que pediu pra pousar
lá na varanda;
Só pra poder iluminar o Pedro
e a Sandra;
É o sol que derrete a neve fria do rochedo;
Só pra esquentar um pouco mais a Sandra e o Pedro.
É preto...
O peito do pé do Pedro é preto.
E é branca...
A palma da mão da Sandra é branca.
A Sandra é branca!
O Pedro é negro!
E o Pedro e a Sandra ficam sempre de chamego...
Preto.
Branco.
Branco.
Preto.
Preto no branco;
Branco no preto.
Beijo.
Abraço.
Abraço.
Beijo.
Beijo e abraço;
Abraço e beijo;
Beijo e abraço e beijo.

 Um poema para Sandra e Pedro

Entrevista



Gabriel o Pensador

Remanescente de quilombos em Goiás

O modo kalunga de ser


No nordeste de Goiás, numa área de mais de 230 mil hectares, vivem os Kalunga, a maior comunidade de remanescentes de quilombos do Brasil.


Cinara Barbosa – Imagens da Terra



Modo próprio de ser

Foi em 1722 – quando Bartolomeu Bueno, o Anhangüera, e João da Silva Ortiz fecharam o ciclo bandeirante, com a ocupação das terras centrais – que surgiu o Estado de Goiás, em pleno ciclo do ouro e da garimpagem.
Utilizados como mão-de-obra escrava, os negros andavam cansados da submissão e dos castigos sofridos na exploração das "Minas dos Goyazes". Muitos fugiram, escondendo-se na mata, entre serras, num local de difícil acesso. Fundaram quilombos no município de Cavalcante, na região conhecida como Morro do Chapéu (hoje município de Monte Alegre), formando assim o povo Kalunga.
A comunidade vive hoje numa área de 237 mil hectares – segundo estimativa do Instituto de Desenvolvimento Agrário de Goiás, o Idago –, a 375 quilômetros de Brasília. São cinco os núcleos, abrigando cerca de cinqüenta grupos de base familiar: Vão de Almas, Vão do Moleque, Ribeirão dos Bois, Contenda e Kalunga.
O fato de os Kalunga terem permanecido distantes dos centros urbanos, num lugar inóspito e de difícil aproximação, acabou fazendo deles um dos poucos exemplos de remanescentes negros que quase não sofreram influências externas em seu modo de vida.
No dia-a-dia, o povo kalunga dedica-se à plantação de mandioca, arroz, fumo, milho e, às vezes, feijão. Cria gado e aves, pratica a caça e a pesca. Mas a fabricação de farinha – que envolve toda a família, numa espécie de ritual –, é a atividade produtiva mais importante, base principal do seu sustento.
Depois de esperado o tempo adequado para a raiz poder ser arrancada, a mandioca é descascada, ralada no pau de angico e colocada no piti (saco de palha) para escorrer a água. "Ainda molhada, deve ser peneirada no quibano e colocada para torrar. Mas, antes, tem que esfregar folha de quiabeiro no forno, que é pro barro não soltar", conta Demertino da Silva, 62 anos.

Terras quilombolas

A Constituição de 1988, no artigo 68 do Ato das Disposições Transitórias, garante aos remanescentes dos quilombos o direito de propriedade das terras que ocupam. Atualmente, dois projetos de regulamentação desse artigo tramitam no Congresso Nacional (veja outra matéria).
Responsável pelas questões que envolvem a comunidade negra, a Fundação Palmares, que é ligada ao ministério da Cultura, considera que não basta o tombamento histórico ou o reconhecimentro e titulação individual das famílias, feitos pelo Idago. Para Olympio Serra, assessor da Presidência, deve-se encontrar um modo de fazer a divisão que respeite a realidade dos próprios remanescentes.
Além do problema da demarcação das suas terras, os Kalunga também estão preocupados com a construção de uma estrada que facilite o acesso à região. A discussão maior é sobre onde se vai abrir a estrada, explica o deputado kalunga Zé Dias, 52 anos, eleito pelo PMDB e terminando o seu segundo mandato. "Há três possibilidades, mas até agora não houve acordo, porque o caminho escolhido não diminui a distância para todos." Para ele, não há dúvida de que "a vantagem de tranqüilidade do local irá acabar, mas a estrada também trará muitos benefícios".

Isolamento e liberdade

A antropóloga Mari Baiocchi chegou aos Kalunga em 1982 e foi quem primeiro fez um levantamento da vida da comunidade, inclusive alertando para o direito à posse da terra. Para ela, é fundamental respeitar em tudo a opinião da comunidade. "Tudo só pode ser feito a partir do que eles acham. Alguns me perguntaram se não seria melhor colocar água na porta, construir mais escolas e postos de saúde."
Para entender os Kalunga – alerta –, é preciso avistá-los como uma comunidade que construiu a sua cultura ao longo de quase trezentos anos de isolamento. Por causa dessas condições, eles não podem apresentar a mesma identidade do descendente de negros africanos do asfalto, em qualquer lugar do Brasil. "Eles não são negros.... Não como os queremos."
Na perspectiva do mundo moderno, os Kalunga assemelham-se a uma comunidade parada no tempo, um exemplo de atraso e necessidade de progresso. No entanto, é justamente esse suposto atraso a prova concreta do preço pago pelos descendentes daqueles que buscaram no isolamento o único meio de conquistar a própria liberdade.
Textos extraídos da Revista
                                                                                                                       SEM FRONTEIRAS
                                                                                                               (N. 246 - nov. 96 - pág. 14

sábado, 5 de novembro de 2011

RESULTADO DO CONCURSO CONTADORES DE HISTÓRIAS ENCANTADAS

QUERIDOS ALUNOS, 


ACABA DE SAIR O RESULTADO DO CONCURSO CONTADORES DE HISTÓRIAS ENCANTADAS, E PARA NOSSA ALEGRIA E ORGULHO UMA ALUNA DE CACHOEIRA DOURADA FOI CLASSIFICADA EM 3º LUGAR NA REGIÃO CENTRO-OESTE, VEJA O RESULTADO DE NOSSA REGIÃO:

Região Centro-Oeste
1° lugar –  Aluna: Giuliana Suzelly Sobreira Alves
História: “Uma história inventada”
Professora: Lilian Cristina Moreira
Escola: EM Monteiro Lobato – Goiânia (GO)
2º LUGAR -Aluno: Vanderlan dos Santos Almeida
História: “O homem e os objetos mágicos”
Professora: Luciene Rosa dos Santos
EM Fazenda Carimã – Rondonópolis (MT)

3º LUGAR - Aluna: Keitiene Aparecida da Silva
História: “A fazenda mal assombrada”
Professora: Eliane Silva Oliveira
EE Inácio Pinheiro Paes Leme –  Cachoeira Dourada (GO)

PARABÉNS PELA PARTICIPAÇÃO NO PROJETO CONTADORES DE HISTÓRIAS ENCANTADAS. LEMBREM-SE QUE TODOS VOCÊS SÃO VENCEDORES, POIS CONSEGUIRAM SE SUPERAR A CADA LIVRO LIDO... A CADA HISTÓRIA CONTADA...
SUAS HISTÓRIAS FICARÃO VIVAS PARA SEMPRE... NO SITE DOS CONTADORES DE HISTORIAS... NO NOSSO BLOG... EM NOSSAS LEMBRANÇAS... 
AH, SEM FALAR QUE ELAS  AINDA TEM CHANCE DE SEREM SELECIONADAS PARA SEREM PUBLICADAS NO LIVRO DOS CONTADORES DE HISTÓRIAS QUE SERÃO LIDAS NAS ESCOLAS DO BRASIL INTEIRINHO. SERÃO 50 HISTÓRIAS SELECIONADAS, QUEM SABE AS NOSSAS ESTEJAM LÁ...